sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Poeta Meditativo


A cada dia que passa morre em mim um verso
Vivendo na ilusão de construir castelos
E a cada gesto sinto frio em meu peito
Enquanto desejo tudo perco aos poucos o que já tenho


O que transforma a vida em magia é o sonho
Em alguns momentos me deixo enganar
Por esse ócio desprovido de pequenos intervalos
Dessa coisa desnecessária que chamamos de vida

Queria muito meu Deus saber o que se passa
No coração das mulheres santas e dos homens imaculados
Que pouco nesse mundo vivem, mas, muito sabem
E guardam em si uma terrível e misteriosa certeza

Queria entender a verdadeira magia desses namorados
Que de sábados a domingos são carinhos sem fim
Mas que durante a semana os abraços são como facas
E de enjoou se afadigam de olhares traidores

Queria tanto poder entender o pensamento do hábil
Que esclarece a promiscuidade política desse país
E julga o povo pobre como sendo o grande culpado
Dos delitos incoercíveis destes salafrários do "colarinho"

Queria muito poder compreender essa frieza
Desses olhares soberbos desses sorrisos afiados
Desses gestos levianos que tudo pode mas nada tem
A não ser essa velha mania de achar altivo aos outros

Queria tanto poder compreender essa loucura
Dos que deslumbram a mediocridade das aparências
E dos enganos de quem se atreve a enganar
Deixando algo transcorrer ao longo do horizonte

Tropeçando nos espaços desse universo que criamos
Encontro os meus passos no infinito dos meus erros
De tantos caminhos que ha nessa loucura chamada vida
Segui a que me perde, me ilude, me engana e me faz sonhar.


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