domingo, 7 de dezembro de 2014

Poema de Natal

A fumaça sobe do cigarro amassado no cinzeiro
E a noite longa não conta nenhuma novidade
Lentamente o gelo derrete no copo de whisky
Ao som do adagio sostenuto de sonata ao luar

É natal e todos estão muito felizes em seus lares
Devemos à Roma, Lutero, Nicolau, Nast e a Coca-Cola
A felicidade do nascimento do nosso senhor Jesus
Que morreu cruelmente na cruz para nos salvar

Minha noite é tão fria nesse meu país em verão
Quem me dera tivesse as vestes do bom Noel
Para aquecer minha melancólica triste solidão
Mas não a vestes e nem respeito e nenhum pão

Palas ruas da cidade as luzes brilham ao tremeluzir
E os namorados felizes caminham pelas calçadas
com as mãos entrelaçadas, quanta felicidade nesses
olhares que encantam-se com a lindeza da noite

É Natal e o amor é universal nesse mundo louco
Não existe lágimas nesse dia a não ser de alegria
Quantos sorrisos e sinceros abraços sortidos
Todos amam seus próximos "Que Beleza!!!"

Como deve estar contente nosso Senhor
Olhando seus filhos unidos em fraternidade
Como estão cheias as casas nesses bairros
onde os vizinhos nunca se cumprimentam

Mas é Natal e todos estão jubilosos em seus jardins
Revelando seus presentes com grande euforia
Brindando com taças repletas de champanhe
Ao desfilar elegantes roupas e sapatos de griffe

É Natal e eu devo estar maluco porque todos
Estão felizes nesse mundo e eu estou triste
Como pode um homem viver sob o encanto
De uma estrela, cujo o brilho mora longe?

Nenhum comentário:

Postar um comentário