Derramai as lágrimas de dor
Contra o vento mudo, curto,
Onde um surto de sabedoria
Uiva mais alto que o cão.
Daí me um motivo para descrever
A solidão, neste abismo de flores
Turvas, incolores, afogadas
Pelo pranto de compaixão.
Ó amor, neste vale imenso de dores,
Afogo-me por entre as flores
Que entre espinhos entre laçam meu coração.
Ó amor álgido, decidido e dolente
Espero-te no arrebol do entardecer
Com tristes lágrimas nos olhos.
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