quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Uma namorada chamada Poesia

Fiz calar a voz que grita em mim
fiz parar o pranto que chora em mim
fiz da mágoa uma página incolor
escrita em lágrimas toda a minha dor
porque desses bilhões de seres
fui apaixonar justamente por você
minha linda Poesia incontrolável
vago como um ermitão pelos caminhos
refaço as trilhas seculares do tempo
renovo o que era o mais antigo em mim
e na solidão o presságio que sinto é você
Ó Poesia
Deixei rasgar versos pelas ruas vazias
abracei amigos sem nenhum talante
calei minha vontade de falar que sofro
naveguei por mares sem timoneiro
me perdi nos ponteiros do teu relógio
me deixei levar pelos segundos dos teus olhos
Ó Poesia
Faça da minha vida o seu galardão

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