sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Canções e Danças da Morte

Nem sei quantas voltas dei em torno da praça
segurado por uma lata de Brahma e um cigarro
quantas vezes vi aqueles mesmos amigos
sem nunca encontrar quem eu realmente desejava

Quantos solos seriam necessários para transpor
os improvisos dos meus pensamentos soturnos
nenhum blues e nenhum jazz iria aliviar essa mágoa
iluminada pelos holofotes em seus lindos feixes de luz

A noite fria se revelava minha melhor amiga agora
apenas ela me fazia sentir algo real diante da vida
uma tristeza horrível invadia todos poros do meu ser

Embriagado com vodka perdido refletindo eu vejo
o pobre Mussorgsky chorando em um banco da praça
lamentando aquelas Canções e Danças da Morte.

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