Vida meticulosa onde eu a esqueci?
Talvez na corda bamba ou no coração de
uma bela dama.
O tempo não mais nos encontra nas
buscas, te peço...
Nos gestos diários a florir estações
que da súbita ausência
Da sua presença, me dilacera ao
lembrar-se da nossa paixão.
Vida minha Vida por onde andas?
Se nas docas noturnas as ondas das
águas brilham ao luar
Meus sonhos pretéritos buscam seus
beijos a nuanças do mar
Devota do laço natural de harmonia me
mostra a essência
Da incompreensão do ser que não pode
mais esperar...
Vida querida Vida o que fazes?
Enquanto te busco preparo o café, o
almoço e a janta
Elaboro mirabolantes planos para o meu
futuro convencido
E sem pensar na existência da morte já imagino
uma boa aposentadoria
De um bom emprego, de um bom salário,
de uma boa ilusão...
Vida linda Vida que saudade!
De te abraçar, lhe beijar os seios ao
contemplar teus olhos
Declamar os versos e proclamar meus
sonhos...
Dessa pureza indivisível que há no seu
corpo, contemplação divina exacerbada
Respiro sua entidade, bebo sua alma, me
derramo em seu rio.
Vida, Vida, Vida!
Agora que não estás, deixe-me partir...
Devo partir...
Pois, os lábios que saciaram minha sede
apenas o perfume deixou em minha pele
E essa vontade de ser e ter já não mais
se separa.
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