quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Poema de Amor à Vida

Vida meticulosa onde eu a esqueci?
Talvez na corda bamba ou no coração de uma bela dama.
O tempo não mais nos encontra nas buscas, te peço...
Nos gestos diários a florir estações que da súbita ausência 
Da sua presença, me dilacera ao lembrar-se da nossa paixão.


Vida minha Vida por onde andas?
Se nas docas noturnas as ondas das águas brilham ao luar
Meus sonhos pretéritos buscam seus beijos a nuanças do mar    
Devota do laço natural de harmonia me mostra a essência
Da incompreensão do ser que não pode mais esperar... 


Vida querida Vida o que fazes? 
Enquanto te busco preparo o café, o almoço e a janta
Elaboro mirabolantes planos para o meu futuro convencido 
E sem pensar na existência da morte já imagino uma boa aposentadoria
De um bom emprego, de um bom salário, de uma boa ilusão...


Vida linda Vida que saudade!
De te abraçar, lhe beijar os seios ao contemplar teus olhos
Declamar os versos e proclamar meus sonhos... 
Dessa pureza indivisível que há no seu corpo, contemplação divina exacerbada
Respiro sua entidade, bebo sua alma, me derramo em seu rio.


Vida, Vida, Vida!
Agora que não estás, deixe-me partir... Devo partir...
Pois, os lábios que saciaram minha sede apenas o perfume deixou em minha pele
E essa vontade de ser e ter já não mais se separa.

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