Escrevo... Sim, palavras derramadas à mesa
Folhas brancas, virgens, esparramadas
Esperando a tinta molhar suas
veias...
- Mas o que escrever sobre estas tão
delicadas linhas?
Tudo tenho ao meu redor
E tudo ganha vida
Pois, quando me ponho a compor
É o coração que bombeia as letras.
Mas nem tudo é amor
Tem coisa que me chateia
- É esta malevolência leviana
Que ensinam pras crianças.
Esta educação de disputa
Que faz do mundo uma grande labuta
Só faz aumentar amargura
Desigualdade, miséria e luta.
Sábio não é decorar
Pois, até um cachorro decora
E faz a prova que o dono lhe dá.
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